domingo, 9 de janeiro de 2011

Crónica - Será que ainda podemos salvar Portugal?


BPN + BPP + Eleições Presidenciais = País Pestífero


Como certamente os caros leitores notaram, a grande corrida às eleições presidenciais de 2011 estreou-se, mas saliento, de maneira putrefacta.

É com grande vexame que vemos as grandes polémicas, dos nossos queridos e amados políticos, fluírem de maneira incontrolável. Coincidências das coincidências, todas remetem para acções em bancos que perderam alguma credibilidade face à sua crise monetária.

Tudo começa com a compra e venda das acções do nosso actual presidente da república, Cavaco Silva, de 2001 a 2003, ao SLN, (Sociedade Lusa de Negócios), na altura detentora do BPN, (Banco Português de Negócios). O escândalo reside no preço da compra das acções, bastante mais baratas para o actual presidente do que para os outros compradores, bem como na sua valorização (surpreendente) em tão curto espaço de tempo, (cerca de 140%).

Em seguida, temos o caso de Manuel Alegre, forte candidato à presidência, em que fez um texto, sobre dinheiro, a pedido do BPP (Banco Privado Português). Até agora, tudo normal. Se não fosse o facto de, esse mesmo texto, ter como fim a publicidade, o que é altamente interdito durante a campanha de eleições. E mais, ao que parece todos os participantes, da tal cartada de dinheiro, tiveram o prémio na modéstia quantia de 1500€. Todos os participantes doaram a uma instituição de caridade, salvo o candidato à presidência, que achou que a sua conta bancária seria uma melhor doação.

Digo tudo isto para expor os podres e a imagem nefasta que os nossos políticos concretizam durante a campanha. Já não se trata de uma simples vitória de eleições, mas sim de um derradeiro extermínio do adversário.

Tudo para conquistar o alto cargo de Portugal. Sejam quais forem os conúbios de cada representante, a verdade é bastante lamentável e vergonhosa para o povo português. Dois candidatos, altamente respeitados na classe política, a comportarem-se, a lutarem como crianças de quatro anos, não só por uma fatia do bolo, mas pelo bolo inteiro.

Estes incessantes episódios de picardia de um para com o outro, atrevo-me a dizer, chega a reflectir o que se passa na sociedade contemporânea, e a grande verdade é: o ser humano, presentemente, acaba sempre por decidir as questões, sejam elas quais forem, à paulada. Começando, é claro, pelos já enfadonhos ataques verbais.

Pedem os políticos por paz, paciência e poupança nos dias que correm, quando eles não dão o exemplo. Disputas atrás de disputas, boicotes monetários, má-criação. Querem que os portugueses poupem? O quê? Pergunto eu? Não temos mais nada para poupar, tiraram-nos tudo e nem em vocês podemos confiar. Tendo um governo tão promíscuo, é difícil que haja uma ‘paz política’ em Portugal.

Um pequeno conselho que deixo ao leitor: se pretende seguir carreira política, é bom que não tenha um passado sombrio, pois os seus rivais irão imiscuir-se no seu passado até mais não.


Crucios

1 comentário:

  1. Um pequeno conselho que deixo ao escritor: Não tem problema ter um passado sombrio pois todos os rivais também o têm. Além de que duvido que seja possivel chegar ás "altas patentes" sem alguma artimanha.

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Ekos

 
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